sábado, 13 de dezembro de 2014

Tem silêncio que é uma benção!!!

Na minha adolescência, quando a gente passava dos limites, sempre tinha um adulto que soltava a seguinte frase: "Não confunda liberdade com libertinagem".  Apesar de nem saber direito o que era libertinagem, essa fala causava um certo efeito de sabedoria.

Atualmente quem anda confundindo o significado de liberdade são os adultos. Talvez por ignorância, hipocrisia ou pura falta de interpretação de texto, estão supondo que liberdade de expressão é falar o que quiser, custe o que custar. Pode até ser que seja isso mesmo, mas a consequência do que se fala nem sempre vem junto, incentivando a disseminação de ideias carregadas de preconceito e ódio.

Tenho saudades da época em que o único discurso que me irritava era do carro de som que passava na minha rua, gritando no megafone centenas de vezes as mesmas frases: "Olha a PAMONHAAA!!! Pamonha de Piracicaba. O puro creme do milho." Agora sou obrigado a escutar estrumes humanos vomitando frases como "mulher merece ser estuprada" ou "aparelho excretor não gera filho". Aonde vamos parar???

O mais triste desses discursos é que, junto deles, tem uma parcela da população que realmente acredita nisso ou que é indiferente a esse pensamento de discriminação que é cuspido em nossas caras. São os verdadeiros "caras de paisagem". Não me afetou, então faço "cara de paisagem". Não mexeu comigo, então "faço cara de paisagem". Mal sabem que, direta ou indiretamente, isso afeta todo mundo, porque o espirro do outros sempre acaba respingando no nosso prato.

Eu não preciso ser mulher para lutar contra o machismo. Não preciso ser gay para gritar por direitos iguais. Não preciso ser negro para tentar combater o racismo. O que precisamos mesmo é ser seres humanos HUMANIZADOS, para entender que o que afeta o outro, também me afeta. Simples assim.


sábado, 25 de outubro de 2014

O jeito é votar em quem fede menos.

A frase "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come" nunca foi tão assertiva como no cenário atual. Todo mundo já passou algum momento na vida onde se viu sem saída, onde qualquer decisão tomada seria prejudicial. Pois é. Estamos na véspera da eleição presidencial que vai decidir quem vai nos governar nos próximos 4 anos e as opções de candidatos são desmotivadoras. Dilma e Aécio: tudo farinha do mesmo saco.

É triste não poder votar conforme sua ideologia, já que nenhum dos dois candidatos e partidos te representa. O que fazer neste caso? Votar nulo, jogando a batata quente pra outras mãos? Porque se eu decidir anular e o bicho pegar, posso depois me justificar afirmando que a escolha não foi minha, sendo um tanto quanto cômodo. Ou não. Até votar nulo pode ser ideológico, desde que saiba conscientemente o que está fazendo.

Eu decidi votar no menos pior. Naquele candidato que, apesar de todas as cagadas realizadas por seu partido, ainda constam alguns pontinhos a favor que, numa situação dessas, não podem ser ignorados. Li outro dia no facebook a seguinte frase: "entre Dilma e Aécio, eu prefiro pedir desculpas pros índios e devolver o Brasil." Já que isso não é possível e a morte é inevitável, então melhor irmos pro abate com a certeza de que fizemos o melhor, até tentar achar uma luz no fim do túnel. O pior é quando essa luz do fim do túnel é a luz do trem que vem em nossa direção pra nos estraçalhar.

Eu não estou aqui pra pedir o seu voto e nem elogiar esse ou aquele candidato. Muito menos quero que você vote em quem eu vou votar. O que gostaria de pedir, encarecidamente, é que pense antes de votar. Não seja um boneco de fantoche caindo na manipulação da mídia. Não acredite em tudo o que você ouve por aí e nem fique papagaiando opiniões de senso comum sem ao menos pesquisar antes. Não ignore a memória política de nosso país e questione tudo.

A disputa está acirrada e seu voto pode fazer a diferença. O Brasil conta com você!!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A minha verdade te afeta???

Nós, seres humanos, temos o costume de conduzir nossa vida baseado em diversos dualismos: o que é certo e errado, do bem e do mal, céu e inferno, verdadeiro e falso; entre outros.

Precisamos sempre nos basear em algo concreto, fazendo um pré-julgamento, para que possamos seguir a vida conforme nossos costumes, valores e ideologias. É assim que a gente se enxerga no mundo, se comparando com o outro para que possamos descobrir quem somos de verdade.

Qual a real necessidade de tanto julgar? Porque precisamos sempre, de alguma forma, inferiorizar o que a gente não acredita, como se só a nossa verdade fosse a correta? já parou pra pensar que, dependendo do contexto e da cultura que o meio impõe, qualquer opinião pode estar certa?

Eu, particularmente, tenho dificuldade em respeitar todas as opiniões. Alguns discursos me incomodam. É difícil ficar indiferente quando se prega, por exemplo,  a favor da maioridade penal ou contra o relacionamento homoafetivo ou quando se julga a mulher por ela sair "dando" pra todo mundo. De boa, qual o problema???

As ideologias dizem muito mais a respeito de quem somos do que realmente queremos dizer. Devemos deixar de lado a moral impregnada em nossas cabeças para, só assim, começarmos a pensar por nós mesmos... e com isso vamos perceber que cada um usa o C* do jeito que quer, ou que a mulher tem o direito de fazer o que deseja com seu próprio corpo e que ser macumbeiro é tão normal como ser cristão.

Não existe certo ou errado, tudo é questão de ponto de vista. Devemos tirar o véu de nossos olhos que nos impede de ver mais além. E nessa busca incessante, quando encontrarmos uma verdade absoluta, tenha certeza que existirá várias verdades absolutas a sua volta.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Viva o país de Feliciano e Bolsonaro!!!

Marcos Feliciano ficou em 3º colocado como candidato para deputado federal por São Paulo com mais votos e Jair Bolsonaro foi o candidato a Deputado Federal pelo Rio de Janeiro mais votado nas eleições de domingo. O que mais eles tem em comum??? São semelhantes em seu moralismo, preconceito, apologia a discriminação, homofobia, falta de humanização e amor ao próximo.

Como que candidatos que discursam palavras de ódio conseguem se eleger? Quem são os mais de 850.000 eleitores que votaram em seres como estes? Como que atitudes de racismo, homofobia e preconceito não impedem que os opressores sejam eleitos? Sinceramente não entendo.

O que falta no ser humano é o processo de EMPATIA, de se colocar no lugar do outro. Pode-se chamar o vizinho de nordestino, veado, preto, pobre e gordo; desde que não invada o seu quintal. Aí a gente finge que fica sensibilizado com o preconceito mas no fundo dá graças a Deus que esse "mal" não chegou até a gente, no famoso "antes ele do que eu". E como quem não apanha, não lembra; ainda vota-se nesses imundos para nos representar no Congresso. De boa, representar quem???

Feliciano e Bolsonaro representam uma parcela da sociedade que é hipócrita, que pensa somente no seu próprio rabo, que ignora os conceitos de ética e respeito mútuo e que esconde seus preconceitos atrás de discursos cristãos moralistas. Eles provocam um emburrecimento coletivo camuflado de bem querer e bons costumes.

Até quando vamos deixar que nosso país sejam representados por pessoas mau-caráter? Até quando a política vai ser tratada com menos descaso e mais seriedade? Até quando o mal vai pairar sobre o bem? Até quando? Até quando? Até quando?

sábado, 4 de outubro de 2014

Ó, e agora, quem poderá nos defender?

Assistindo ontem o debate eleitoral político, um dos candidatos estava defendendo a classe da polícia, que está desvalorizada e que merece melhores salários e qualidade de vida no trabalho. Concordo plenamente, mas acredito que, por trás dessa defesa, tem justificativas implícitas que passam longe do reconhecimento dessa profissão.

Infelizmente, a categoria da polícia está em decadência e ao invés da mesma proteger o cidadão,  acaba reprimindo, obedecendo as vontades dos mais fortes do poder, deixando os interesses da sociedade em segundo plano. E aí vale tudo: mata-se negros pobres por nada, agridem manifestantes, abusam descaradamente do poder, gritam mostrando autoridade e muitas outras barbaridades que escutamos todos os dias.

Eu me pergunto: porque fala-se em valorizar os polícias (que batem) e ignoram os professores (que ensinam)? Depois de tanto pensar, chego a uma triste conclusão:  é mais vantajoso ter um povo reprimido e passivo do que cidadãos pensantes e questionadores, dá menos trabalho e proporciona maior controle para conseguir mais facilmente o que deseja.

A matemática é simples: educação + investimento = aumento da qualidade. Se aumenta a qualidade, o conteúdo é repassado de forma mais eficaz. Se a informação é absorvida, cria-se pessoas geradoras de transformação, e tudo que está em constante mudança não sabe-se qual será o resultado final. Ou seja, FUDEU PROS CARA.

Por isso que a valorização da polícia (e só dela) talvez seja uma estratégia de controle de massa, fantasiado de segurança e proteção do ser humano. Essa visão não é de pessimismo, é de tentar enxergar pelas entrelinhas tudo o que está sendo apresentado.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Meu CU para o preconceito!!!


Os candidatos a presidência da República deveriam estar ideologicamente preparados para discutir temas baseados na ética e justiça, mas infelizmente não é isso o que acontece. Não estou pedindo para que eles sejam politicamente corretos, mas estimular o ódio e o preconceito em seus discursos é cagar na cabeça do eleitor.

Ontem (27/09), no debate eleitoral dos candidatos a presidência da República na TV Record, a candidata do PSOL, Luciana Genro, perguntou ao candidato do PRTB, Levy Fidélix, porque ele se recusa a reconhecer como família os casais do mesmo sexo. A partir daí, eu nunca ouvi, como resposta, tanta MERDA em tão pouco tempo. Segue os argumentos:

- "Dois iguais não fazem filhos": Nossa, verdade??? E dois diferentes também não, se não quiserem. E outra, tem tanta criança pra ser adotada (abandonadas por casais considerados "normais"), que fazer filho não é sinônimo de família.

- "Aparelho excretor não reproduz.": Eu também achava isso, mas você me fez gerar a dúvida de onde você veio. Só pode.

- "Brasil tem 200 milhões de habitantes. Se estimular isso, vai reduzir pra 100 milhões.": Hã??? Estimular???  Fidélix, não fale por você, que acha que pode se influenciar com os homossexuais. Óia a desculpinha, sai do armário, pintosa!!!

- "Quem tem esse problema deve ser atendido psicologicamente bem longe da gente": ficou claro que quem precisa de tratamento psicologicamente URGENTE não são os gays. 

Mas o pior mesmo foi esse tal candidatinho comparar os gays aos pedófilos, mostrando, mais uma vez,  a sua total ignorância sobre o que defende.

Todo este circo que ele armou na noite de ontem só serviu pra mostrar pra sociedade que seres humanos desprezíveis existem em todo o canto e que precisam ser desmascarados. Do mais, Levy Fidélix deve ter perdido os 5 votos que teria na eleição.

domingo, 28 de setembro de 2014

Eu não sou o "Dono da Verdade", apesar de sempre ter razão.

Ultimamente eu tenho recebido algumas críticas referente a minha postura de se achar o "dono da verdade". Quando a crítica vem de várias pessoas, é preciso soltar um sinal de alerta e verificar se o que está sendo dito realmente tem fundamento.

Todo mundo acredita em algo e até o fato de desacreditar é um ato de crer. Só que tem alguns assuntos que ficam internalizados dentro de nós, onde essa força interna faz com que queiramos gritar ao mundo nosso ponto de vista, seja no campo da religião, política, crenças, ou simplesmente na defesa de um time de futebol (onde o São Paulo é o melhor). Esses assuntos que nos despertam, falam muito de quem somos.

Quando se tem uma experiência positiva de algo, a tendência é querer espalhar aos quatro cantos, para que o outro também seja contagiado com essa maravilha. Por isso é que eu acho que, aqueles que querem que sua verdade seja absoluta, talvez não esteja fazendo isso de forma a ressaltar sua superioridade e sim para mostrar uma outra visão sobre o fato. É claro que há várias exceções,  e não sei se, por ser "várias", seja realmente uma exceção.

Só que tem um probleminha nisso tudo: a verdade não é absoluta. Dizem até que não existe uma verdade pura, mesmo porque ela depende muito mais do outro do que de si mesma, e isso entra visão de mundo, meio que influencia, cultura, escalas de cognição e por aí vai.

O ideal que sempre se prega é que em tudo tem que se ter o equilíbrio. Mas eu confesso que não consigo respeitar todas as opiniões. Sabe porque? Porque, antes de tudo, eu sou um ser humano pensante, questionador e inconformado com várias questões. Então opiniões que tem bases preconceituosas, segregacionistas, hipócritas, alienadas e conformadas; com certeza vai ter o meu dócil coice de cavalo, que é o mínimo que posso oferecer.

De resto, vou tentando mudar meu jeito, pois estou em constante transformação. E faço isso, não pelos outros, mas por mim mesmo.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Professor, a prova é de consulta???

Existe uma profissão que eu tenho grande admiração, como se eu visse nela algo idealizado de perfeição e extrema sabedoria. Não, não é a medicina. Apesar dos médicos salvarem vidas por aí afora, criando bastante méritos, existe outra profissão que é bem melhor... apesar que melhor e pior é muito relativo ( lá vai eu e minha mania de querer filosofar). Quem pensou Direito, errou feio. Engenharia? NÃÃÃO!!! A profissão que eu tenho muito respeito é a de PROFESSOR.

Depois da família, é com o professor que tudo começa, que algumas bases são construídas e os pensamentos vão se transformando. Ser professor, além de ser um dom, eu vejo com uma espécie de militância. É uma briga diária, usando a enxada da educação pra carpir seres mais humanizados. Deve ser bom saber que o objetivo final disso tudo não é enriquecer ainda mais o patrão (ou deveria não ser) e sim construir pilares em prol de um Brasil mais forte.

Mas, pra não dizer que eu não falei dos espinhos, a pedagogia é uma das profissões mais desvalorizadas de nosso país. Hoje, pra se tornar professor precisa, acima de tudo, ter coragem. Como uma profissão que serve de base pra todas as outras, pode ser tão marginalizada? Porque isso tudo acontece?

Pra ajudar a piorar, o governo adotou a tal "progressão continuada", onde o aluno, mesmo não tendo absorvido nada dos conteúdos, passa de ano, sendo aprovado, desde que frequente a escola. Hã??? Entendi certo, produção? É isso mesmo, está sendo formado milhares de cidadãos analfabetos funcionais, que se tornam analfabetos na vida, na política e na sociedade. E isso interessa a quem??? Não precisa ser tão inteligente pra entender quem tudo isso beneficia.

Toda essa apologia à ignorância incentiva ainda mais o capitalismo, sendo que a educação se tornou mercantilizada, banhada de escolas e faculdades particulares.  Sem contar nos professores que são ameaçados e agredidos a todo instante.

Ufa!!! Comecei esse post falando de coisas tão "bonitinhas" e acabei colocando uma nuvem negra nisso tudo. Mas a verdade não pode ser escondida, por mais difícil que possa ser. Termino esse post com uma frase de Dom Pedro II:  "Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro."




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O que um "Halls de Melancia" faz na cabeça da gente.

Vocês já perceberam que os nossos costumes mais banais falam muito de quem somos? Esse "insight" me veio em mente ao comprar um "Halls sabor melancia" na padaria. É, meus caros, você acha que toda a minha sabedoria (humilde eu, né!?) vem dos livros de psicologia que eu leio ou da faculdade que frequento? Não, não, não. Vem de momentos como este: uma simples compra de bala no bar.

Eu sempre tenho o hábito de comprar Halls: seja pra matar a vontade de um doce, ou pra prevenir de um beijo, pra esconder o bafo ou simplesmente mastigar. O fato é que sempre que vou comprar, não passa outra opção de sabor na minha cabeça, é sempre sabor melancia, é algo automático.

Nunca tinha prestado atenção nessa minha única escolha obsessiva, até que meus amigos íntimos começaram a me chamar de "óbvio", virando até zuação por saber o que eu ia comprar no posto antes da balada. A partir de então, fui percebendo que o motivo que eu insisto em comprar sempre o halls de melancia,  era o mesmo que me fazia percorrer o mesmo caminho para o trabalho, ou comer o mesmo sabor de pizza, e fazer as mesmas piadas, e repetir sempre as mesmas ideias, e gostar das coisas sempre do meu jeito, e ser sempre o mesmo e o mesmo e o mesmo...

Não é que você tenha que mudar a sua vida sempre, mas a rotina é tão reconfortante que faz com que nós não vejamos as milhares de opções disponíveis em nossa volta. Porque eu vou comer sushi, se já é garantido que vou gostar de picanha? Porque eu vou pintar meu cabelo de loiro, se já estou acostumado com preto? Porque eu vou dar risada alto, se posso rir discretamente? Talvez comer sushi faça seu paladar ser mais requintado, ou ser loira signifique chamar mais atenção dos outros e dar risada alto seja mais delicioso e libertador. Ou não. Então porque não tentar?

Só sei que amanhã não vou mudar meu caminho pra ir ao trabalho (porque possivelmente já vou estar atrasado), e nem vou comer sushi (não estou preparado psicologicamente) e muito menos deixar de chupar halls de melancia (pois tem um estoque na minha gaveta); mas uma coisa pode ter certeza: vou prestar mais atenção para que eu não seja prisioneiro dos meus hábitos e costumes.


domingo, 21 de setembro de 2014

Homem com homem, dá lobisomem. Mulher com mulher, dá jacaré.

Infelizmente vivemos em um mundo preconceituoso, onde se usa da moral para justificar pensamentos e atos de discriminação, se baseando no dualismo do que é certo e errado, como se existisse uma verdade absoluta.

Um tipo de pensamento que anda me preocupando muito ultimamente é o preconceito CAMUFLADO de boa causa. Aí a pessoa fala: "Eu respeito os gays mas acho um absurdo eles andarem de mãos dadas e se beijarem no shopping, como não gostaria de ver casais héteros fazendo isso também." Há??? E ainda completa: "O que as crianças irão pensar se ver uma cena dessa?".   

Desde quando atitudes de afetividade incomodam
as pessoas? Ao invés de protestar contra, deve-se treinar o olhar neutro diante dessa situação porque, diferente do que muitos pensam, isso é NORMAL. Já pensou se você fosse julgado simplesmente pelo fato de ser o que é? As coisas vão mudar quando a gente parar de aplaudir um beijo gay na TV como se fosse algo libertador e simplesmente ver como algo normal, sem falso moralismo e pensamentos carregados de estereótipos.

O que as crianças vão pensar ao ver um casal homoafetivo juntos? Antes te lanço outras questões: hoje as crianças assistem novelas com situações totalmente deturpadas, vêem filmes com cenas de violência que espirram sangue pela tela, observam você fechar o vidro do carro no sinal pro moleque que vai pedir dinheiro, jogam games onde o objetivo é matar todo mundo, absorvem pensamentos cristãos de que tudo é pecado e errado, enxergam você passar pelos mendigos com ar de indiferença; e você está preocupado em como as crianças vão agir ao se deparar com cenas de afeto e amor?

Precisamos urgente fazer uma reciclagem de tudo o que a gente acredita e ver o que realmente nos agrega como ser humano justo diante de um mundo cheio de contradições e abandonar tudo o que nos faz ficar presos na ignorância e alienação. Devemos nos libertar da MORAL e nos preocupar em sermos mais ÉTICOS, porque só assim podemos nos transformar em seres um pouco mais evoluídos.


sábado, 20 de setembro de 2014

Sou ateu, graças à Deus?

Vivemos em um país laico, onde qualquer um pode se intitular como católico, espírita, evangélico, testemunha de Jeová e qualquer outra religião; só não pode falar que não acredita em Deus sem soar como desrespeitoso. Eu não sou ateu, tenho uma religião que não acredita nesse Deus criado pelas igrejas cristãs e sim numa força superior que rege todo o Universo... mas se eu fosse ateu, qual o problema?

Quando uma pessoa diz que é ateu, geralmente a outra pessoa olha com ar de incrédulo, dó e rejeição. E o pior é que, muitas vezes, tentam convencer o quanto Deus é bom e maravilhoso. Tá, ninguém está duvidando disso, mas já ouviu falar que o que é bom pra você, pode não ser bom pra outra pessoa?

Ir na igreja não é sinal de ter fé e acreditar em Deus não significa necessariamente ser bom. Com certeza vocês conhecem cristãos que não saem da igreja e são umas "cascáveis", enquanto outros não acreditam em POR%@ nenhuma e dão lição de bondade e compaixão. O que faz o indivíduo ser bom é o que ele tem dentro de si.

Essa história que todo mundo fala de que "religião não se discute", é mentirosa; pois querem que acreditemos nisso para que não se crie o hábito de pensar e questionar, porque fica mais fácil controlar um ser submisso e alienado.

Será que acreditar em algo superior Todo Poderoso faz com que, de certa forma, ficamos em situação confortável porque, já que não temos controle sobre tudo, pelo menos tem algo que nos olha e que rege por nós?  Será que acreditamos em algo externo, porque o interno não damos conta? Ó Deus, quantas dúvidas!!!

Pois bem, independente se você tem religião ou não, o importante é respeitar o próximo como a ti mesmo, e fazendo só isso, você evita muita coisa. E vai perceber que essas guerras por aí em nome de "Deus" nada mais é que um instrumento pra suprir a vontade do Deus-Homem que se acha muito maior que tudo isso.

Uma coisa é fato: não sei o que pensar, mas sei muito bem o que não pensar. E questionar está na minha essência, graças à Deus. Ou não.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Manda quem pode: é claro que o NEGRO não ia ter vez.

Dia 20 de novembro é comemorado o "Dia da Consciência Negra", sendo feriado em algumas cidades do país, inclusive em São José do Rio Preto/SP, onde eu moro.

Os representantes do comércio da minha cidade pediram que fosse cancelado este feriado, alegando que prejudicaria o comércio como um todo, onde se teria um prejuízo considerável. Este pedido foi atendido prontamente pela Câmara de Vereadores, que aprovou à favor do cancelamento desse feriado.

Essa atitude só deixa mais explícita de quem esse sistema cruel capitalista está a favor: dos grandes empresários. Com certeza os comerciantes não iam deixar de lucrar, só que teriam que pagar um pouquinho a mais para os empregados trabalharem no dia de feriado. Mas pra que desembolsar dinheiro se pode usar o poder pra benefício próprio? Moral da história: os altos escalões conseguiram vetar o feriado e os empregados continuarão sendo explorados pelo mesmo valor.

Outro fato que ficou marcado é, mais uma vez, a falta de respeito com a comunidade negra. Depois de tanta injustiça, humilhação, desigualdade e preconceito, não se é capaz de dedicar um diazinho do ano para a reflexão dessa causa.

O pior é ter que escutar opiniões babacas do tipo: "deveria ter o dia do branco também", como se todos tivessem tido as mesmas condições e oportunidades". Ou falarem "mas no dia da consciência negra ninguém vai refletir, só vai servir pra faltar do trabalho e fazer churrasco". Pois bem, então cancelemos o Natal, pois virou uma comemoração de troca de presentes e festejo, esquecendo o motivo principal da data.

O sistema esta aí, pronto pra devorar sua mente e tomar conta da sua vida. Basta saber se você está preparado pra RESISTIR ou pronto pra comprar aquela TV nova que saiu da última geração.

Cada povo tem os potíticos que merece?

Começo este post levantando a seguinte questão:  Se o voto é "democrático" (é o que querem que acreditemos), então somos responsáveis por quem elegemos nas urnas?

Pesquisa inédita do Ibope aponta que os candidatos Tiririca, Paulo Maluf e o pastor Marcos Feliciano tem grande intenção de voto para deputado entre os eleitores. Logo imaginei que fosse uma piada de mau gosto, mas ao verificar a confiabilidade do site onde veiculou a matéria, fiquei perplexo diante dessa informação.

Tirando o fato do Ibope ser uma ferramenta manipuladora, não dá pra negar que "onde há fumaça, há fogo". Queria tanto que isso fosse um verdadeiro engano, mas infelizmente não é.

O que será que passa na cabeça do eleitor que vota em um palhaço semi-analfabeto que, ao invés de apresentar propostas, tira sarro da cara de todo mundo? Pior que isso são os chamados "malufistas", que votam em um homem comprovadamente corrupto e bandido, tendo como argumento o pensamento medíocre de que "rouba, mas faz". Sem falar quem apoia o pastor Feliciano, que é a favor da ditadura e contra os gays, negros; entre outros.

Será que estamos regredindo? Quando se tem oportunidade de mudança, muitos jogam seu voto na privada. Em troca de quê? As nossas atitudes são reflexos de nós mesmos?

Pense... e talvez você descubra que o real palhaço nessa história não seja o Tiririca.