quinta-feira, 23 de abril de 2015

Amor líquido: evolução ou retrocesso?



A frase “Até que a morte os separe”, falado em alto e bom som em cerimônias de casamentos, simbolizando o amor idealizado, nunca esteve tão fora de moda nos dias atuais.

Estamos na era da comunicação instantânea, onde recebemos grandes quantidades de informações a todo o momento e essa globalização dos fatos em tempo real faz com que não se tenha uma base sólida, porque o que é considerado “certo” agora, daqui a cinco minutos já se tornou ultrapassado.

Essa dinâmica veloz do aqui/agora é consequentemente transferida para as nossas relações. Antigamente o amor era construído com o tempo, com a cumplicidade e com a tolerância. Atualmente, se uma relação não está da maneira que se deseja, porque tentar consertar, se o mundo mostra mil outras possibilidades batendo a nossa porta?

A busca incessante de sempre querer relacionamentos personalizados, faz com que as relações não sejam duradouras, e com o tempo faz com que se tenta maior dificuldade de criar vínculos. Se pudesse resumir em uma palavra a razão desse troca-troca afetivo, seria MEDO. O medo de se comprometer, o medo da frustração, o medo da entrega, o medo do desconhecido, o medo, o medo, o medo.  A realidade nos permite fugir da consolidação das relações pela porta de entrada e ainda faz com que pensemos que somos fortes, mas isso explicita ainda mais a nossa fragilidade.

A tecnologia desenfreada que nos vomita informações a cada segundo poderia ser vista como evolução, se usássemos de forma consciente a nosso favor e não como espelho a ser seguido em nossas relações.  Relacionar-se é como pegar um trem sem destino definido, sem a certeza que encontrará alguém que valha a pena. Se por acaso não encontrar, a viagem não estará perdida, pois o caminho é mais importante que o fim.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Sou à favor da "redução da vergonha na cara" política!!!

Está um blábláblá sobre o tema da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Visivilmente a maioria da população é a favor da diminuição da maioridade. Será que isso resolveria, de fato, a violência em nosso país? Seguem alguns questionamentos:

- Menos de 1% dos crimes são praticados por menores de 18 anos. Será que a aprovação dessa lei vai fazer "cosquinha" na tão sonhada paz universal?

- O Brasil é um dos países com mais presos mantidos em cadeias, ocorrendo a SUPERLOTAÇÃO (que é tão bem explorada nos programas como do Datena, entre outros). Onde colocaríamos esses adolescentes? O país tem estrutura?

- A maioria da população que é a favor da redução da maioridade para 16 anos acredita que as cadeias não reeducam, falando que os "bandidos" saem até piores do que entraram. Ué, se vai ficar pior, então porque mandar os adolescentes para esses lugares? Há uma contradição aí.

- Outro argumento utilizado é que os menores de 16/17 anos são usados por bandidos "maiores" para que os mesmos cometam crime por eles, já que não vão para a cadeia. Se a maioridade penal diminuir para 16 anos, o que garante que crianças de 14/15 anos não sejam manipuladas por bandidos para cometer crimes?

É claro que a violência no Brasil está cada dia mais alarmante, mas não seria mais inteligente combater a CAUSA do que a CONSEQUÊNCIA? Se não for corrigido esse problema no alicerce, a casa vai desmoronar e daqui a pouco teremos mais presídios do que escolas.

A solução está na EDUCACÃO, mas em um país onde os professores tem que entrar em greve e ir às ruas para protestar por condições dignas de trabalho, o que se pode esperar? Mas isso é história pra outro post...