domingo, 24 de dezembro de 2017

Só eu acho que devia ter um Natal por mês!?

Amo natal! Minha memória afetiva em relação a essa data me traz lembranças boas: família barulhenta, risadas altas, casa cheia, piscas-piscas espalhados pela cidade, crianças correndo, muita música e alegria. É como se todos os perrengues passados o ano inteiro não importassem (e na verdade não importam) e o que vale mesmo é se reunir para festejar.

Festejar o quê? Não importa qual credo você segue ou nem se você tem religião ou não, acho que o importante é sempre celebrarmos a vida. Independente de data, sejamos sempre gratos! Eu sei que é foda, que às vezes dá vontade de jogar tudo pro alto e tacar o foda-se, mas ninguém falou que a vida seria fácil, né!?

Aaaa, mas vou parar com esse discurso porque está parecendo aquelas mensagens de final de ano da Globo, onde todos, com as mãos dadas, cantam com um enorme sorriso no rosto: "Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, de quem vier...". Ah tá!

De resto, é uma boa justificativa pra gente se entupir de comida sem dor na consciência, com aquela promessa que o ano que vem seremos diferentes, mais equilibrados em todos os sentidos. Enfim, somos brasileiros e não desistimos nunca!

Uma feliz noite de natal pra você e permita-se!!!

E segue o baile!

sábado, 23 de dezembro de 2017

Ô planta, você gosta de Raça Negra?

"Cultura: é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano."

Ou seja,

Cultura abrange o todo, não só aquilo que você gosta, ok???

Mesmo você não curtindo sertanejo, pagode, forró ou funk; isso é cultura. Escutar Chico Buarque não torna a pessoa mas "cult", como escutar a banda Calypso não torna o indivíduo mais brega. As pessoas são muito mais do que seus gostos musicais.

Não é porque eu adoro Pablo Vittar, é que vou sair por aí de salto alto (não teria nenhum problema em usar salto, a não pelo simples fato de ter quase certeza que não vou conseguir ficar 20 segundos de pé. De boa, eu descalço já vivo quase caindo...)

Bom, eu fiz esse post só pra dizer uma coisa: eu vou no show do Raça Negraaaa hoje à noite!!! É que está difícil de segurar essa barra que é ficar sem ir no show deles! E eu vou lá cantar pra lembrar da minha adolescência, porque cresci ouvindo eles.  E as letras das músicas foram uma espécie de premonição: "Você jogou fora, o amor que eu te dei, o sonho que sonhei, é tarde demaaaais. Que pena, que pena amor..."

Bom, enquanto tem gente que insiste no "mimimi", eu vou tá no "di di di di di diêêê".

E segue o baile!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Pablo Vittar rebolando na cara da sociedade!

Venho aqui pra falar sobre a grande polêmica do momento. A reforma da previdência??? ÑÃOOOO!!! O cenário político atual catastrófico??? NÃOOOO!!! O que está gerando fuzuê e textões nas redes sociais é a bafônica Pablo Vittar. O que ela fez? Sucesso... e está doendo o cotovelo de muita gente ver uma dragqueen no auge!

Tudo isso começou quando ela teve a sua música escolhida como a melhor do ano em premiação do programa Domingão do Faustão. Depois disso, choveram críticas em relação as suas músicas e sua voz. Tá, eu confesso que ela canta mal pra caramba, mas o que mais tem no Brasil são cantores ruins. Gustavo Lima, Lucas Lucco e Tiago Iorc fazem o ouvido de uma nação doer de tão ruins e, apesar disso, ganham vários prêmios, e porque não há tanta repercussão??? Pensem... Porque eles estão dentro de um conceito heteronormativo. Sim, é isso mesmo, o julgamento passa por uma "moral estética" e está arraigada de preconceitos.

A função da Pablo Vittar não é necessariamente cantar e sim REPRESENTAR uma parcela da população que é discriminada e marginalizada. É dizer que a gente pode ser quem a gente quiser e que não é vergonha "se jogar" pra ser feliz. É esfregar na cara da sociedade que travesti não sai na mídia só em página policial e que não precisamos nos enquadrar no que é estabelecido pela sociedade para ser aceito.

É claro que você não é obrigado a gostar de Pablo Vittar (eu não gosta de tantas coisas), mas veja se a sua opinião está baseada em apenas um gosto pessoal ou mascarada em um preconceito internalizado. Uma sugestão: coloca a música dela no ultimo volume, rebole a raba e seja feliz!

E segue o baile!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Me apaixonei por uma navalha

Enterrei sementes pra nascer uma flor. O tempo passou e a planta não vingou.

Percebi então que havia enterrado as sementes entre pedras e estava regando com esperança.

No fim, a flor não queria nascer porque nunca existiu.

O desejo solitário não faz brotar flor e nem amor, só dor.

É difícil escrever em parábolas ou entrelinhas algo que você está sentindo. Me entreguei em sonhos que inventei, coisas de menino.

A verdade crua machuca e insiste em não querer ir embora.
O que eu posso fazer, se eu lembro de você de hora em hora?

Dizem que o tempo resolve tudo,
Então que passe rápido porque tá doendo.
Se o verdadeiro amor é o amor próprio,
Quero aprender a voltar a gostar de mim mesmo.
Eu primeiro.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Ser humano: como entendê-los?

Dentre todos os defeitos que o ser humano possui, eu acho a contradição uma coisa difícil de ser entendida. Não que tenhamos que ser bem resolvidos (quem diz que é, mente), mas um mínimo de auto-reflexão acredito que todos teríamos que fazer.

O mundo está esquisito! Vejo negros racistas e nazistas, mulheres machistas, pobres capitalistas e gays homofóbicos. Onde vamos parar? Agimos como homens-bomba. O instinto primitivo de autoproteção está falho? Não estou pedindo que se tenha empatia, porque isso é ser capaz de se colocar no lugar do outro, o que é muito difícil, o que falo é de amor próprio e respeitar tudo aquilo que se é na essência.

Será que é tão difícil pensar? A não-aceitação traz diversas consequências, dentre elas a intolerância. Se você não se aceita, como vai aceitar o outro? Se você não se entende, como vai entender o próximo? Se você não se respeita, como vai ver amor nos outros? Não sejamos responsáveis pelo caos.

Sempre digo que, se algo no outro te incomoda, analise o porque isso te afeta tanto.  Se a pessoa é gay, travesti, puta, ou algo diferente de você, o que vai mudar na sua vida? Mais amor, por favor!

E segue o baile!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Amor é fogo que arde pra caramba!

Hoje escutei na televisão a noticia de um bebê que nasceu com o coração para fora do corpo. Isso é algo raro de acontecer e a criança sobreviveu. Eu sei que é maluquice da minha cabeça, mas achei isso poético: nasceu com o coração pra fora. Eu e essa mania de ver poesia em tudo.

Quem nunca se apaixonou profundamente que pareceu que seu coração invadiu todo o seu ser? Quem nunca teve um amor não-correspondido e desejou deixar de sentir? Você que nunca sofreu por amor que atire a primeira flor!

De tudo isso, podemos tirar uma conclusão: a gente sobrevive, como o bebê. Pior que sofrer por amor, é não sentir o amor. Uma coisa que aprendi é que há diversas expressões de amor.  Se a pessoa não te ama do jeito que você imagina, não significa que ela não te ama de verdade, porque cada um ama do jeito que pode e talvez isso seja o máximo de amor que aquela pessoa consegue demonstrar.

Se não existe padrão para as coisas concretas, imagine para o amor... Às vezes temos que parar de pensar e apenas sentir. Só sentir!

Do mais, tá sofrendo por amor? Coloca a música do Zezé di Camargo e Luciano, Simone e Sumária, Mayara e Maraísa, liga no último volume e se entregaaa!!! Ô sofrência! Nunca ouvi dizer que alguém morreu de amor. Agora por falta de amor, há pessoas que morrem todos os dias!

E segue o baile!


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Quem é você dentro de ti?

Estou de volta!!! Como um filho pródigo que foi curtir os prazeres da vida e depois retorna para o seu lar, fazendo uma auto-reflexão de tudo o que passou. Talvez seja por causa do fim do ano, ou por eu estar em fase de mudanças pessoas e profissionais; não sei... Só sei que às vezes o recolhimento é necessário. Sabe quando você esta dentro do mar a alguns minutos, está quase perdendo a respiração debaixo da água e de repente você consegue sair daquilo e dá uma respirada que alivia? Então... preciso respirar.

Pois bem, usarei este espaço como refúgio para desintoxicação das redes sociais. Não que aqui não seja uma, mas em blogs não ficamos reféns de curtidas online para "satisfazer" egos inflados. Essa busca constante por autoafirmação só mostra o quanto somos frágeis e dependentes do outro. É claro que somos seres grupais , mas até que ponto perdemos de nós mesmos em busca do outro? Pior, procurando nós mesmos nos outros?

É claro que nos reconhecemos a partir do olhar do próximo, mas conseguimos diferenciar o que é meu e o que é do outro nesse jogo complexo que é a vida? Difícil, né!? Bom, eu não quero ser o cara pessimista, porque levar a vida problematizando tudo é um exercício doloroso de autopunição; mas tem dias que a gente tá meio "deprê", né!? Ainda bem que a vida é uma montanha russa e às vezes a gente precisa "se jogar" nas emoções! Só não se perca, ok?

Termino esse post com uma frase que escutei em algum lugar que diz: "Ser pessimista é chato, ser otimista é bobo; então seja um realista esperançoso."

E segue o baile!